Pé na porta, tapa na cara...

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Não preciso dizer mais nada, né? kkkkk, pois é, elas estão acabando e eu me pergunto: como foi que esse mês passou tão rápido? :O Amanhã começa a rotina novamente, e olhem só sábado eu já tenho um simulado super importante! Como disse, meu amigo, Pedro Leandro, colunista musical do Papel de um Livro, é pé na porta e tapa na cara! --' E como a estudiosa aqui não tocou em um livro essas férias, vou me virar em mil pra estudar a matéria do primeiro semestre inteira em 3 dias! Me desejem sorte...
E agora, com a volta das aulas, o tempo vai ficar bem corrido, vem ai simulados, projetos escolares (inclusive  filme que estou fazendo, que em breve vou fazer post aqui pra vocês), Enem, Vestibulares, etc... mas prometo arrumar um tempinho pra me dedicar ao blog, e fazer mais posts pra vocês, haha é só minha criatividade resolver colaborar, kkkkk.
Beijinhos, até breve :D

Conversa de banheiro ;X



Para algumas pessoas pode ser totalmente comum passar por situações tensas por coisas pequenas e simples do nosso dia-a-dia. São os chamados "micos"... Pra quem gosta de ser o centro das atenções, eles são até bem vindos,  o problema mesmo é quando você é do tipo "atrapalhado(a)" e os outros não sabem disso...
Há um tempo atrás, fui a uma festa com duas amigas, e tinha tudo pra sair conforme o planejado. Mas a vida gosta de pregar umas peças, e se não fosse assim, não teríamos histórias para contar, ou seja, eu não estaria aqui contando essa para vocês. Todas vestidas e devidamente maquiadas, hora da festa! Tudo bem organizado, decoração impecável, e o vestido da aniversariante, lindo. Mas alguns convidados não estavam muito satisfeitos, é claro, eram adolescentes, e desde quando essa espécie está completamente satisfeita com alguma coisa? Estávamos na mesa dos ditos cujos quando eles resolveram quebrar o tédio e o alvo mais próximo era o inocente arranjo de flores da mesa . Depois que foi passado de mão em mão, uma das moças da organização resolveu tirar o arranjo de perto da gente, e lá se foi nossa distração, agora com algumas flores a menos... Depois das flores, salgados estraçalhados e muita vergonha na cara, eu e minhas duas amigas decidimos ir ao banheiro.
Como todos sabem, festa de 15 anos não é perfeita se não houver contratempos, e esse é o tipo certo de festa onde a galera paga muito mico, tipo, esbarrar no garçom fazendo ele derrubar toda a bandeja de bebidas no chão e seu melhor amigo escorregar na poça enquanto executava um moonwalk perfeito.
Entramos no banheiro e, como toda adolescente normal, corremos para frente do espelho. Enquanto me concentrava em fechar o sutiã problemático de uma das minhas amiga, algo chamou a atenção da outra. No canto da pia, tinha uma cestinha rosa cheia de objetos curiosos. Ela como a observadora discreta que é, já foi logo puxando a cesta e gritando pra os quatro cantos um sonoro “O que é isso?”, e por um momento deixamos o sutian de lado para darmos início à saga dos "objetos nem tão desconhecidos".
— Ah, absorventes! — exclamei.
— Do mais barato que tinha no mercado, — riu a garota do "sutiã problema". — Meu Deus, nem pra comprar absorventes descentes!
— Fala, sério, sua louca! Você acha mesmo que eles iam gastar com absorventes? — indaguei.
— Ah, nas outras festas que eu fui, tinha absorvente do bom, embora que eu nunca precisei usar, mas além dos absorventes tinha chapinha, secador, maquiagem... — Respondeu.
— Ei galera, olha isso... — gritou a outra, que segurava um pacotinho rosa nas mãos  — pra que serve?
 Peguei o pacote e li o que tinha escrito na embalagem.
— Ah, são lenços umedecidos, serve pra limpar o...
— AH! — fui interrompida pelo suspiro de revolta dela. — Porque aqui não tem camisinhas? — com a sobrancelha arqueada, ela cutucava a cestinha com o dedo indicador.
— Pra que você quer camisinhas aqui? Você nem precisa disso! — disse rindo, mas depois fiquei séria — Você não precisa, precisa?
— Ah, claro que não! — ela disse de imediato —Mas imagina se alguém lá fora precisa!
— Olha, amiga — disse a garota do sutiã, consolando a outra — Pense pelo lado bom, pelo menos não vão fazer isso no banheiro feminino!
— Aliás, se é pra ter camisinha, que seja no banheiro masculino! — disse eu, enquanto as duas caiam na risada.
Nosso momento de idiotice extrema foi interrompido por um barulho vindo da cabine ao lado da pia. Ficamos estáticas. Tinha alguém ali. Alguém tinha escutado nossa conversa. Pânico? Ah, não até sabermos quem era.
— Ãn... Meninas, será que vocês poderiam me passar os lencinhos que estão na cestinha? O papel higiênico acabou.
E ai, reconhecemos a voz da mãe da aniversariante. Agora sim: CORRE!
Saímos correndo do banheiro e deixamos a mulher lá, sem papel, sem lenço, apenas com nossas reivindicações pelo conteúdo da cestinha rosa . Uma coisa era certa, mesmo que ela conseguisse algo para se limpar e pudesse sair do banheiro, essa mulher jamais convidaria a gente pra outra festa. Mas tudo bem, era só evitar beber muito refrigerante, pra não ter que ir lá novamente, e tudo certo. Ninguém saberia disso.
— Nossa, que tenso! Não sei por que as pessoas insistem em ter esse tipo de conversa no banheiro... — A garota do sutiã, agora com ele parcialmente fechado, ia falando enquanto andava de costas para poder olhar para a gente.
— Amiga, CUIDADO! — gritei enquanto ela se aproximava do enorme vaso de vidro perto da mesa de balas.
Ela se virou a tempo, ficando do lado da mesa, a centímetros do vaso. Mas para nossa infelicidade, o sutiã que nos esquecemos de fechar completamente resolveu se revoltar e soltou todo de uma vez, e na tentativa falha de segurar o que nunca deveria cair, ela bateu no vaso com o cotovelo, agora ele não passava de pilhas de vidro no chão, e todos os convidados olharam em nossa direção de uma só vez.
É galera. Hora de ir para casa.
                                                                                                                     Fim de Festa.      

Concrete jungle where dreams are made of...


Eu não lembro quando começou essa minha louca paixão por New York, mas sei que sempre que assistia algum filme ficava me imaginando naquelas ruas, fazendo compras naquelas lojas incríveis, comendo pizza com as mãos ou simplesmente fazendo um piquenique ou andando de bicicleta no Central Park (e olhe que eu nem sei andar de bicicleta u.u hihi). Era como se a cidade que já foi cenário de diversas histórias de amor e aventuras loucas fosse apenas isso, um cenário montado especialmente para os filmes, e colocar os pés num lugar como esse para mim era se não impossível, algo que só aconteceria em uma realidade bem distante. Ou só em sonho mesmo... Bem, talvez não fosse tão impossível assim...
Faz um ano que tive a maravilhosa oportunidade de conhecer a belíssima Big Apple, e o que posso dizer... É PERFEITA!
Trânsito caótico, pessoas indo em todas as direções, muito barulho e luzes por toda parte, mas bem organizado se é que isso é possível, haha. A cidade realmente nunca para. 

A emoção de estar na Times Square, o romantismo do Central Park, o luxo da 5º Avenida, posso sem dúvidas afirmar que é bem melhor do que tudo que eu imaginei, é mágico! Passei poucos dias lá, não deu pra conhecer tudo, nem fazer tudo que eu queria, mas isso só serviu pra deixar aquele gostinho de quero mais. Hoje mato a saudade assistindo filmes e seriados, como Gossip Girl, mas da mente nunca sai a promessa egoísta que fiz ao me despedir pela janela do avião: "Nova Iorque é minha, eu vou voltar!"


"Concrete jungle where dreams are made of, There's nothing you can't do, Now you're in New York!!! These streets will make you feel brand new, the lights will inspire you, Let's hear it for New York, New York, New York!"



All that you want, is standing right in front of you...



Aceita uma sugestão? Leia o texto, ouvindo a música a seguir: OneRepublic - Passenger.




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Caminhando sobre a areia fina, refletindo ao olhar para o belo pôr-do-sol no horizonte, não pôde deixar de notar sua presença. Sentado em meio a tantas pedras, perdido em pensamentos, cabelos balançando com a mais pura brisa de sua solidão. Seguiu em sua direção mesmo sem saber se sua presença era bem vinda, por um breve momento pensou em hesitar, mas estava decidida. Não iria voltar atrás. Sentou ao seu lado e se pôs a observar o mar. Ele parecia observar algum ponto distante como o barquinho que navegava tranquilamente pelas águas, ou ainda mais além, talvez... longe de tudo, de todos, do mundo. Permaneceram assim por minutos incontáveis que mais pareciam horas, e percebendo que ele não iria falar nada, também fixou seu olhar em um ponto qualquer a sua frente, respirou fundo e se pronunciou:
- Em toda minha vida, imaginei o dia em que finalmente assistiria o pôr-do-sol  na praia ao lado de alguém que não fosse meus pais. - deu um leve sorriso - Tinha uma fogueira, onde eu podia assar marshmellows, e alguém pra me abraçar durante toda a noite, dizendo que ia me proteger do frio e de tudo que fosse preciso.
Parou por um segundo recuperando o ar, forçando as lágrimas a não transbordarem. E quando achou que não iria obter resposta, sentiu um toque macio em uma de suas mãos que repousava na pedra fria.
- E quem era ele? - ouviu uma voz rouca sussurrar.
Suspirou mais uma vez antes de virar, assustando-se com a repetina proximidade. E no instante seguinte, estava presa ao seu olhar, o mundo girava a sua volta e nada mais parecia importar. Mas ele ainda esperava sua resposta, apesar de parecer tão hipnotizado quanto ela. 
De repente, sem saber explicar se foi a influência do mar,  ela foi tomada por uma onda de coragem. Era como se toda a natureza estivesse de acordo e contribuindo para aquilo dar certo. Havia chegado a hora, não adiantava mais se esconder atrás do muro, ou fechar a porta para uma história que podia ter dado certo há muito tempo, se não fosse sua teimosia e  sua estúpida racionalidade. Se havia aprendido algo durante todo esse tempo, é que não adianta querer continuar agindo com a razão, se é o seu coração que está te dando as coordenadas para alcançar a felicidade.
- Era o cara mais fantástico que já conheci na vida - disse segurando seu olhar e suas mãos - e não só porque ele é inteligente, bem humorado e gentil, mas porque eu jamais conheci alguém tão sincero e corajoso como ele, que apesar de enfrentar diversos problemas, continua de pé, firme e forte, e ainda corre atrás de alguém pelo qual não sei se vale a pena tentar. 
Lágrimas já rolavam por sua face, e caiam em suas mãos, parecendo criar laços que por mais que o tempo passasse, jamais seriam desfeitos. Ele continuava olhando fixo pra ela, até então sem aparentar nenhuma reação. Mas sua respiração começou a se alterar a medida que ela continuou falando:
- Mas apesar de não saber mais o que ele sente de verdade por mim, sei que não estou mais em condições de negar nada, está escrito na minha testa, e fica mais explicito à cada lágrima que cai dos meus olhos. E mesmo assim, não consigo deixar de sentir medo. Por mim, por ele, por nós. Porque sei que se isso não acabar bem, anos de amizade estarão sendo jogados no lixo. - Respirou fundo e com a mão livre enxugou o rosto em uma tentativa fracassada. - Mas eu não me importo. Porque se depender de mim, farei de tudo para que isso dê certo. - suspirou uma última vez - Porque eu o amo. 
Seu corpo foi tomado por puro êxtase ao ver um lágrima solitária cair de seus olhos, e em seguida um lindo sorriso. Seus olhos brilhavam mais que as estrelas que começavam a surgir. Ele se aproximou mais um pouco, e com o polegar enxugou os olhos dela, colocou sua franja por trás da orelha para vê-la melhor, a fazendo fechar os olhos ao sentir seu toque.
- Sabe, até hoje eu me torturo por ter esquecido o que aconteceu naquela noite. - disse melancólico.
Ela mergulhou novamente em seus olhos, ainda podia ver a mágoa que ali se escondia. Mas ela o havia perdoado, ele também precisava fazer o mesmo. Acariciou seu rosto levemente, eles finalmente estavam juntos. Nada poderia os separar.
- Não tem problema, eu posso te mostrar.
E por fim, o beijou. Primeiro com calma, agiu por impulso, tinha medo de sua reação. Mas ele retribuiu muito bem, colocando uma das mãos em sua nuca e a outra na cintura, a puxando para si. Com os beijos se intensificando, o calor da fogueira era desnecessário. E a última frase ouvida nessa noite foi o "Eu te amo" que ele sussurou  como resposta em seu ouvido. Depois tudo era brisa, folhas balançando e ondas que pareciam não querer fazer muito barulho na hora de quebrar.

Larissa S.