All that you want, is standing right in front of you...



Aceita uma sugestão? Leia o texto, ouvindo a música a seguir: OneRepublic - Passenger.




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Caminhando sobre a areia fina, refletindo ao olhar para o belo pôr-do-sol no horizonte, não pôde deixar de notar sua presença. Sentado em meio a tantas pedras, perdido em pensamentos, cabelos balançando com a mais pura brisa de sua solidão. Seguiu em sua direção mesmo sem saber se sua presença era bem vinda, por um breve momento pensou em hesitar, mas estava decidida. Não iria voltar atrás. Sentou ao seu lado e se pôs a observar o mar. Ele parecia observar algum ponto distante como o barquinho que navegava tranquilamente pelas águas, ou ainda mais além, talvez... longe de tudo, de todos, do mundo. Permaneceram assim por minutos incontáveis que mais pareciam horas, e percebendo que ele não iria falar nada, também fixou seu olhar em um ponto qualquer a sua frente, respirou fundo e se pronunciou:
- Em toda minha vida, imaginei o dia em que finalmente assistiria o pôr-do-sol  na praia ao lado de alguém que não fosse meus pais. - deu um leve sorriso - Tinha uma fogueira, onde eu podia assar marshmellows, e alguém pra me abraçar durante toda a noite, dizendo que ia me proteger do frio e de tudo que fosse preciso.
Parou por um segundo recuperando o ar, forçando as lágrimas a não transbordarem. E quando achou que não iria obter resposta, sentiu um toque macio em uma de suas mãos que repousava na pedra fria.
- E quem era ele? - ouviu uma voz rouca sussurrar.
Suspirou mais uma vez antes de virar, assustando-se com a repetina proximidade. E no instante seguinte, estava presa ao seu olhar, o mundo girava a sua volta e nada mais parecia importar. Mas ele ainda esperava sua resposta, apesar de parecer tão hipnotizado quanto ela. 
De repente, sem saber explicar se foi a influência do mar,  ela foi tomada por uma onda de coragem. Era como se toda a natureza estivesse de acordo e contribuindo para aquilo dar certo. Havia chegado a hora, não adiantava mais se esconder atrás do muro, ou fechar a porta para uma história que podia ter dado certo há muito tempo, se não fosse sua teimosia e  sua estúpida racionalidade. Se havia aprendido algo durante todo esse tempo, é que não adianta querer continuar agindo com a razão, se é o seu coração que está te dando as coordenadas para alcançar a felicidade.
- Era o cara mais fantástico que já conheci na vida - disse segurando seu olhar e suas mãos - e não só porque ele é inteligente, bem humorado e gentil, mas porque eu jamais conheci alguém tão sincero e corajoso como ele, que apesar de enfrentar diversos problemas, continua de pé, firme e forte, e ainda corre atrás de alguém pelo qual não sei se vale a pena tentar. 
Lágrimas já rolavam por sua face, e caiam em suas mãos, parecendo criar laços que por mais que o tempo passasse, jamais seriam desfeitos. Ele continuava olhando fixo pra ela, até então sem aparentar nenhuma reação. Mas sua respiração começou a se alterar a medida que ela continuou falando:
- Mas apesar de não saber mais o que ele sente de verdade por mim, sei que não estou mais em condições de negar nada, está escrito na minha testa, e fica mais explicito à cada lágrima que cai dos meus olhos. E mesmo assim, não consigo deixar de sentir medo. Por mim, por ele, por nós. Porque sei que se isso não acabar bem, anos de amizade estarão sendo jogados no lixo. - Respirou fundo e com a mão livre enxugou o rosto em uma tentativa fracassada. - Mas eu não me importo. Porque se depender de mim, farei de tudo para que isso dê certo. - suspirou uma última vez - Porque eu o amo. 
Seu corpo foi tomado por puro êxtase ao ver um lágrima solitária cair de seus olhos, e em seguida um lindo sorriso. Seus olhos brilhavam mais que as estrelas que começavam a surgir. Ele se aproximou mais um pouco, e com o polegar enxugou os olhos dela, colocou sua franja por trás da orelha para vê-la melhor, a fazendo fechar os olhos ao sentir seu toque.
- Sabe, até hoje eu me torturo por ter esquecido o que aconteceu naquela noite. - disse melancólico.
Ela mergulhou novamente em seus olhos, ainda podia ver a mágoa que ali se escondia. Mas ela o havia perdoado, ele também precisava fazer o mesmo. Acariciou seu rosto levemente, eles finalmente estavam juntos. Nada poderia os separar.
- Não tem problema, eu posso te mostrar.
E por fim, o beijou. Primeiro com calma, agiu por impulso, tinha medo de sua reação. Mas ele retribuiu muito bem, colocando uma das mãos em sua nuca e a outra na cintura, a puxando para si. Com os beijos se intensificando, o calor da fogueira era desnecessário. E a última frase ouvida nessa noite foi o "Eu te amo" que ele sussurou  como resposta em seu ouvido. Depois tudo era brisa, folhas balançando e ondas que pareciam não querer fazer muito barulho na hora de quebrar.

Larissa S.

3 comentários:

  1. que texto fofinho amg <3 adoreii!! \õ/ toda inspirada você hein ahahaha quem será a razão? ops :x beijoo, adoro teu blog!

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  2. Parabéns Lalinha!! kkkkkkkkkk =P muito legal mesmo seu texto, profundo, e vejo que você aprimorou ainda mais ele, kkkk, o que dá mais orgulho ainda, afinal, eu vi essa linda historia nascer! *-* kkkkkkkkkkkk Beijão, sucesso sempre, e ah! Hoje tem #Gabriela \o/ kkkkkkkkkk =P

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  3. umblogmuitospensamentos.blogspot.com

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